sexta-feira, 2 de novembro de 2012

RECOMENDO:


HISTÓRIA DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PROFª ISMAR GOMES DE AZEVEDO




Na década de vinte, ou mais precisamente nos anos vinte e três e vinte e quatro do século passado, ganhava Cabo Frio o seu primeiro estabelecimento estadual de ensino, construído na Avenida Nilo Peçanha, nº 68, no local da antiga sede social do Clube Avenida, pelo Governador do Estado Aureliano Leal, como prenúncio estudantil em Cabo Frio sob a denominação de Grupo Escolar Francisco Sá,  tendo como primeira diretora a professora Alba G. da Rocha. Com o passar dos anos, o seu nome foi mudado, em 1944,  para Miguel Couto. Por um período de oito anos, o Grupo Escolar viveu a desventura do abandono, merecendo uma audiência marcada no Palácio do Ingá por cidadãos notáveis da cidade, para solicitar do governador Celso Peçanha providências urgentes devido ao seu estado de calamidade. 

Apesar da comissão ser bem acolhida pelo governador, não obteve resposta de sua resolução, sendo o referido prédio restaurado pelo governador Floriano Faria Lima, em abril de 1967, recebendo o nome de Escola Estadual Ismar Gomes de Azevedo, sob decreto nº 12.871 de 28.01.68.  Outras reformas se fizeram prementes, sob constante zelo dos governadores: Moreira Franco, em outubro de 1990 e Nilo Batista em 1994. 

Prédio de notável destaque pelos traços arquitetônicos de estilo neoclássico, a escola permanece com delineadas formas primitivas, com oito salas de aulas, além das demais dependências, como gabinete, secretaria, sala de professores, biblioteca, refeitório, sala de Informática, sala de estudos, quadra de esportes e pátio externo. O prédio abrigou a Biblioteca Municipal de Cabo Frio e a Banda de Música da Sociedade Santa Helena., quando as mesmas não tinham suas próprias acomodações.

A elucidada história de devotado merecimento, o grupo escolar não se fez e não se faz por si mesmo como educandário do melhor nível escolar, sem que por ele não tivessem passado ilustres e dedicados aficcionados do magistério.   Se atendermos à convocação de nossa reminiscência vamos encontrar junto às lembranças aqueles que muito contribuiram para o engrandecimento do tão acolhedor grupo escolar, que foi marco de várias e várias gerações de cabofrienses na formação de verdadeiros cidadãos que ocuparam e ocupam os destinos de uma sociedade bem formada. 

Figuram como o professor e diretor Edílson Lopes Moreira Duarte, professoras Ana Rocha, Amélia Ferreira Gabina, Maria da Glória Marques, Emilse, Maria do Carmo Nogueira, Márcia Beranger, Alba Moreira, Ismar Gomes de Azevedo, Maria Machado, Iara Gomes, Élvia Balesdan, Iolanda Ramos, Ilma Gomes Jotha, Maria Auxiliadora e muitas outras que a memória rouba-nos a justiça de merecido registro. 

Fato marcante consignou a passagem do grupo escolar quando a Alemanha declarou guerra às Nações Unidas, e portanto estava o Brasil participando da II Guerra Mundial, trazendo intranquilidade às pacíficas famílias brasileiras. Na década de 40 durante a II Guerra Mundial o prédio do Charitas serviu de quartel ao primeiro grupo de de Artilharia do Dorso. E o deslocamento deste contingente para nossa cidade deveu-se à Cabo Frio ser um ponto estratégico para a invasão inimiga. A cidade em polvorosa viveu o clima das mais aterradoras notícias.  Em tempos de paz havia, talvez para a divulgação turística da cidade, o nome "Cabo Frio" escrito em letras garrafais brancas sobre o amplo telhado do grupo escolar, que imediatamente foi apagado por precaução de uma ofensiva aérea.

No seu pátio recreativo que era dividido em lados para meninos e meninas, havia um pé de sapoti e outro de lírio, além do necessário moinho que extraia água do subsolo para abastecer o colégio.  Consta que o referido moinho antes era de propriedade do Sr. José Branco, morador do bairro da Passagem e posteriormente atendeu também à necessidade do Clube Avenida. Foi construído ainda um túnel de razoáveis proporções no pátio para servir de abrigo aos alunos, professores e todos que ali estivessem durante um possível ataque inimigo. Essas ocorrências escritas em síntese sobre o grupo escolar, registra um perfil histórico dessa tradicional escola, que fez jus ao decreto de tombamento nº 009 de 28.11.89, com base na Lei 303 de junho de 1981, no governo do prefeito Ivo Saldanha.   Após anos de sucessívas administrações o grupo escolar perdeu a sua primeira identidade de registro com o decreto nº 24.765, de 28.10.98, quando passou a chamar-se Instituto de Educação Profª Ismar Gomes de Azevedo.

Instituto de Educação Prof.ª Ismar Gomes de Azevedo é a mais tradicional escola da cidade de Cabo Frio, onde cerca de 70 profissionais da Educação atendem mais de 800 alunos no Ensino Médio e no Curso Normal, preparando professores para o Ensino Fundamental da região.


Fonte:   "Cabo Frio Contando sua História" 
Autor:  Célio Mendes Guimarães
Ed. Gráfica Editora Região


Pesquisa do aluno Anderson da turma FG 1001 

na Disciplina de Projeto Político Pedagógico 
sob a orientação da professora Ana Beatriz Maselli